Lenda. #Depois da tempestade

Vou postar a lenda conforme for escrevendo...  então... ai  vai a primeira parte... espero que gostem  











Houve um tempo em que os homens
Em suas tribos eram iguais
Veio a fome e então a guerra
Pra alimentá-los como animais
Não houve tempo em que o homem
Por sobre a Terra viveu em paz
Desde sempre tudo é motivo
Pra jorrar sangue cada vez mais  (88'





Lembro-me como se fosse hoje...

Meu aniversário... uma vez ou outra caia numa 6°feira 13...

Mais nunca havia tido o de 13 anos... numa 6°feira 13... no mês de junho...

13-06 ... 6° feira 13...

Um carro... dois adultos... e uma criança...

Um acidente.... duas mortes...  e uma órfã...    S’=

 E eu estava sozinha... me mandaram pra uma clínica de reabilitação... e logo depois para um orfanato...

...Meu nome?

-Emilly .

-nome completo, por favor minha flor.

-Emilly Diaz Montelles.

-arranjamos duas famílias para adotar você , não é ótimo?

-huum... sim, é sim, tia... =,
-que bom criança, vá para seu quarto se arrumar para a intrevista.   ¬¬’
-obrigada...

Fui para meu quarto me arrumar... mais não para ser adotada por um casal... e disputada por dois =@
Ninguém vai substituir meus pais...  ninguém!



“Sempre em busca do próprio êxito
E todo zelo ficou pra trás
Nunca cede e nem esquece
O que aprendeu com seus ancestrais
Não perdoa e nem releva
Nunca vê que já é demais.”  (88





Ninguém pode mudar o seu passado...
Eu sei... sempre soube... mais enquanto  andava pela mansão escura e antiga, com chão de madeira, onde era o orfanato, senti como se o MEU passado estivesse comigo... dois anjos... ( não que eu acredite neles) mais senti...
Não sabia o que era até pular a janela ao lado da porta dos fundos.
Assim que passei uma luz se ascendeu, a luz da cozinha, era a sra.Carmem...
A doretora do orfanato... uma gorda de cabelo grizalho... e cá entre nois... muito sinistra...
Eu corri em direção ao bosque... o único lugar onde poderia me esconder sem que ela me procurasse no meio da noite... O.O

Não sei se ela me viu...  mais...

“corra Missy... você não está egura... corra”

Uma voz ecoou pelas árvores do bosque... já que eu estava aparentemente sozinha... pareceu quase um grito pra mim...
Mais aceitei o conselho e sai em disparada com a mochila nas costas e as folhas e espinhos passando pela minha pele... 




"Chega simples como um temporal
Parecia que ia durar
Tantas placas e tantos sinais
Já não sei por onde caminhar.
E quando olhei no espelho
Eu vi meu rosto e já não reconheci
E então vi minha história
Tão clara em cada marca que tava ali."
 (88'


Corri até ficar sem fôlego...
Quando finalmente parei e sentei senti algo frio nas minhas costas, mais frio que gelo... tão frio que chegava a queimar...
Me levantei e corri com o susto... corri ate uma clareira, sem o menor senso de direção... não sabia se estava correndo em círculos ou em linha reta... se estava fazendo zigue zague ou mesmo se havia saído do lugar... tudo era igual... igualmente assustador, igualmente escuro, igualmente sinistro... igualmente... digamos... assombrado.


Corria sem olhar para o chão... nem mesmo sentia ele sob meus pés... não sentia mais o ar sob meus pulmões... e a crise de labirintite havia voltado... e eu cai... cai sem saber em que direção... se o céu fosse o chão... ou visse versa eu não sabia como identificar a diferença... não saberia para onde a gravidade estava me puxando... não senti..
E de repente... estava tudo preto... úmido e frio...  e eu estava sozinha pela segunda vez...





2° parte





Senti algo mais frio do que a noite... tão frio que chgava a queimar, me segurou pelo pulso e me levou floresta a dentro... não fiquei acordada tempo suficiente para ver para o onde me levava...  até que ele disse:

-Durma pequena, e lembre-se... jamais será igual a todas as outras... acostume-se... sempre estará em perigo, mais NUNCA sozinha... saiba que tem para quem pedir ajuda nas noites frias, e perdoe aquele que acha que so te fará mal... ou aquele que crê que te traiu...  ou mesmo o que acha... que te abandonou... nunca serás realmente aceita...
Pelo simples fato de que és especial... e está destinada a grandeza pela Órdem.  Enfim durma. Logo estarás a salvo. Terás um guardião...


Então eu apaguei...


Enquanto estava desmaiada e inconsciente... tive vários sonhos... só que não sei se foram exatamente sonhos... já que nos sonhos nós não sentimos... nem frio, calor, fome, sede... nada físico... mais eu sentia...

Um deles, ( o mais marcante ) , aconteceu o seguinte:

Eu estava como se fosse um deserto de gelo.. o chão parecia vidro... mais muito fino para eu me mover, meus pés queimavam de tanto frio...e de repente, como se não bastasse, eu estava descalça... não podia me mecher se não cairia na água... e morreria de frio... fiquei parada, e respirando fundo... tentando conter a dor sob os pés... até que as costas começaram a doer...

Como se houvesse algo querendo sair... algo rompendo minha pele, que estalava coma pressão de dentro pra fora... 

Eu chorava de dor, sentia meus músculos se contraírem, na tentativa falha de aquecer meu corpo, e meus espasmos e arrepios se misturavam com o som dos estalos da pele das costas e do gelo... por um momento senti vontade de andar... mais pra onde eu iria?

Pensei em andar e me jogar na água...  e morrer enfim... mais não dava...

Até que eu vi uma mancha negra em contraste com o gelo... vindo na minha direção... achei que fosse um urso, e tentava me decidir se morreria  devorada, com mais dor... ou se me jogava na água tão cortante quanto navalha de tão fria...   O.O
E enquanto decidia qual o melhor tipo de morte... ou a menos pior...  G.G

O “urso” negro se aproximava e me aterrorizava, eu estava ficando sem tempo...e como ele conseguia andar sobre o gelo sem rachá-lo? Uma coisa daquele tamanho tinha que ter afundado, era obviamente mais pesado que eu...

Quando chegou a aproximadamente 30 metros de distância, eu prestei atenção que não era um urso...

Ela um cachorro!

Não... nem mesmo um cachorro... um lobo! Um lobo enorme de pelo negro... e olhos...

OMG.... e olhos... VERMELHOS, mais vermelhos que sangue... ou qualquer tom de vermelho que você possa imaginar!
E então... eu acordei...

Mais não estava mais na floresta, ou mesmo nos braços do “anjo da guarda”  ( eu o chamei assim ^^ ), eu estava numa cama... numa cama quentinha... num lugar aconchegante... muito diferente do bosque e do gelo fino e congelante do sonho...

Eu estava envolta numa manta... me levantei e quase automaticamente senti minhas pernas falharem e ficarem dormentes, mas ignorei esse fato. O quarto onde eu estava tinha 5 camas... e ele era completamente rosa e roxo... um típico quarto de criança... vários ursinhos e bonecas... enfim...
Sai do quarto e andei em um corredor bem longo com várias portas, algumas estavam abertas e notei que os quartos da direita eram  todos iguais ao quarto que eu tinha saído, e os da esquerda era azuis.

-OLÁ! ACORDOU BEM? JÁ ESTA MELHOR? COMO É TEU NOME? QUANTOS ANOS TEM? VOCE É MUITO BONITA!

O.O
Esse jorro de palavras veio de uma menininha de cabelos bem loiros e olhos castanho mel, quase amarelo vivo! E era bem branca. Ela parecia ter o leve brilho do amanhecer... =]   enfim... ela era linda *--*


-há! Oi =]  meu nome é... Emilly... mais me chama de Missy ta? =]

-certo! Meu nome é Aurora, mais me chama de Eos XD

- EOS? Tipo:  É  Ó e  ESSE?

-hunrrum ^^

- por que?

-mitologia grega! É uma Brin...

Antes que Aurora... Eos , sei la! Terminasse a frase entrou uma mulher no corredor. Ela parecia uma pintura ou algo relacionado a arte... era perfeita! 

Também era bem jovem... uns 20 e poucos anos, talvez.

-Eos! Você já esta incomodando a nossa convidada?  - disse a mulher.

-deculpa Diana ^^

-tudo bem...o café está proto, vá comer com o resto das crianças Eos ^^
Olá criança... como se chama?

-Eu? Emilly...  Missy ^^

-Huum...  – ela disse esse hum com ar de reprovação... o que ela tem? ¬¬’

-bem... pode me responder algumas coisas? Eu estou meio confusa... é que..

-claro, e quanto a você estar confusa... bem, todos estamos... mais antes das perguntas e respostas, vamos comer algo. Certo?

-sim, sim – eu estava faminta de verdade, parecia que não comia á séculos.